[RESENHA] Birds of Shangri-la

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  • Título: Shangri-la no Tori
  • Autor: Zariya Ranmaru
  • Gênero: Drama, BL, Romance, Maduro
  • Tipo: Mangá
  • Publicação: 2017 (em andamento)
Um paraíso de sensualidade, Shangri-La é um bordel masculino que celebra as glórias do sexo gay. O recém-contratado Apollo é o encarregado de preparar os homens para os clientes, mas, como um homem heterossexual, é um pouco ingênuo. Phi, um dos prostitutos mais cobiçados do bordel, tem a tarefa de deixá-lo atualizado, mas não sem antes brincar um pouco com ele.

> escrita em 14/03/2021

Shangri-La no Tori apresenta a história de Apollo, um homem ㅡ diga-se de passagem; heterossexual ㅡ que, em busca de dinheiro rápido, aceita trabalhar no prostíbulo masculino Shangri-La. Sua função é nada mais que “aquecer” os prostitutos para entrarem no clima de receber clientes. As regras do trabalho são claras e bastante rígidas: sem orgasmos, nada de penetração e nem pense em se apaixonar por alguém do meretrício.

Apollo ao chegar é recebido por Phi, um dos prostitutos mais procurados do bordel, designado a ajudar o novato a simpatizar com o ambiente da melhor maneira: brincando com ele. Phi é o primeiro a experimentar os serviços de Apollo. Essa dinâmica erótica se instala nas páginas dando corda para ótimas interações e diálogos atrevidíssimos. 🔥

O mangá transmite uma vibração atmosférica incrível, lúdica e paradisíaca, cumpre com louvor o que promete. O enredo é calmamente desenrolado, somos inseridos na trama sem que sejamos bombardeados com milhões de informações para serem digeridas de uma só vez ㅡ é satisfatório. Não é corrido, não é “porn without plot” e tampouco é o que eu temi que poderia ser quando vi que se tratava de um bordel. 

Histórias que envolvem prostíbulos de praxe são regadas com cenas de estupro, maus tratos e abusos psicológicos. Shangri-La no Tori destoa desse infeliz (e talvez realista) padrão. Na ilha paradisíaca, os trabalhadores do sexo estão contentes com o que fazem, são sempre amados, respeitados e bem tratados, têm prioridade sobre o dinheiro, seus clientes e o direito básico ao “não”. 

Um aspecto que atraiu minha atenção foi como o design dos personagens brinca de maneira inteligente com o que eles fizeram no passado: as tatuagens de Phi e a marca de sol no anelar de Apollo falam muito sobre eles. Suas histórias estão gravadas no próprio corpo e nós as desvendamos aos poucos.

Desconfio que Shangri-La não seja o que parece ser e esse é o combustível que me empurra para prosseguir com a leitura.

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