[RESENHA] Jealousy

| |
  • Título: Jealousy
  • Autor: Scarlet Beriko
  • Gênero: BL, Drama, Yakuza
  • Tipo: Mangá
  • Publicação: 2016
Em 1989, um jovem chamado Uichi Rogi vive planejando como sobreviver. Por razões que não vai revelar, ele não quer ir para casa, e quando conhece o jovem e bonito membro da yakuza Akitora Oyamato, da família Oyamato yakuza, ele se apaixona. Daquele momento em diante, cada movimento seu é projetado para fazer Akitora notá-lo e convidá-lo para a família, e ele não se importa com o que tem que fazer para atingir seus objetivos. 

> escrita em: 17/03/2021

Yondaime Ooyamato Tatsuyuki, de Scarlet Beriko, ganhou notoriedade por romper-se das amarras convencionais do BL apresentando uma dinâmica que foge do estereótipo "seme robusto e uke frágil como uma taça de cristal trincada".

Porém, o que muitos ainda não sabem é que a Beriko-sensei também nos presenteou com "Jealousy", uma pré-sequência do mangá citado anteriormente que, desta vez, trouxe ênfase para a história de Uichi Rogi — aquele sequestrador sombrio e mal encarado visto com sua filha pequena.

Para embarcar nesse trem, é necessário ter em mente que o enredo de Jealousy supera-se como três vezes mais áspero, cru e caótico que Yondaime Ooyamato Tatsuyuki. Se você aprecia a cultura yakuza, curte “romances” viscerais e não se deixa abalar por gatilhos... bom, é o seu dia de sorte. Jealousy basicamente trata-se do jovem chefe do clã Oyamoto que se aventura numa paixão obsessiva por um homem promíscuo e danificado.

A história dispõe de duas linhas do tempo paralelas que a princípio podem causar certa confusão. Jealousy narra a vida de Uichi Rogi, um homem reservado que já não preza por mais nada além de sua estimada filha, Reika. Boa parte do mangá apresenta flashbacks do passado controverso que o levou a se tornar um vigarista solitário.

Jealousy passa longe de ser uma história de amor. Envolve nuances deturpadas de amor, mas não é um romance. Os quadrinhos são regados com conteúdo sexual, mas não é sexy. Não há "mocinhos" por aqui: os personagens não têm bons corações e as cenas explícitas não são romantizadas como em Yondaime Ooyamato Tatsuyuki. É podre.

Ao passo que a história apresenta erotismo cru e sordidez, também é cativante e surpreendentemente emocional, com um quê de humor ácido. Certamente recomendaria Jealousy para quem gosta de Saezuru Tori Wa Habatakanai tanto quanto eu.



Nenhum comentário:

Postar um comentário